Biscuit (um termo do idioma francês que significa porcelana branca) tem muitas origens, sendo uma delas, vindo da Itália. Lá se usava uma mistura de farinha, água e sal (conhecida como “pasta di sale“), essa era uma tradição presente também em outros paises do continente europeu. Os trabalhos eram delicados e retratavam vários motivos do dia a dia e tinham como finalidade enfeitar a mesa. Já nos Estados Unidos são conhecidos os bonecos de “salt dough“, que também faziam parte de uma tradição muito antiga, mas apesar de muito bonitos, os trabalhos apresentavam baixa resistência e durabilidade das peças.A partir desses trabalhos experimentou-se misturar à massa outros ingredientes (como a cola) na busca de maior resistência e durabilidade para as peças. Essa nova massa apresentou uma consistência duradoura que foi o suficiente para a peça receber pintura e acabamentos que realcem brilhos e outros atributos naturais. Assim surgia o Biscuit, que também ficou conhecido comoPorcelana Fria na Europa e América Latina. O termo Porcelana Fria, que pode trazer alguma confusão às pessoas que não conhecem a técnica, foi a denominação mais adequada com o efeito final do trabalho (parecido com porcelana, mas que não necessitava de forno para sua confecção).
No entanto, essa técnica (apesar da inspiração européia) se desenvolveu com maior número de adeptos apenas na América Latina. Inicialmente surgiu na Argentina com um grande número de seguidores e artistas que se dedicam a ela nos seus mais diversos aspectos. Na década de 80 a técnica do Biscuit chega ao Brasil através dos trabalhos de Anna Modugno, que pesquisava há algum tempo massas alternativas para trabalhos artesanais. Daí em diante a técnica do Biscuit foi se aprimorando e adquirindo cada vez mais adeptos que se dedicaram à atividade como hobby ou de forma profissional, criando um mercado próprio, lucrativo e de muita criatividade.
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